Princípio da boa administração: tendência ou clássico?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.21056/aec.v18i73.1032

Palavras-chave:

boa administração, direitos procedimentais, códigos de conduta, controlo jurisdicional, responsabilidade administrativa.

Resumo

O princípio da boa administração, que foi expressamente consagrado no artigo 5.º do Código de Procedimento Administrativo de 2015, surge no âmbito do Conselho da Europa em 1977 e desde então tem-se multiplicado, em documentos da União europeia e nos ordenamentos nacionais. O intuito deste texto é compulsar a valência (autónoma) do princípio da boa administração para além das suas concretizações através de direitos procedimentais (como os direitos de audiência e à fundamentação) e de vinculações principiológicas (como a imparcialidade e a proporcionalidade), tanto do ponto de vista invalidatório como responsabilizante. 

Biografia do Autor

  • Carla Amado Gomes, Universidade de Lisboa
    Professora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Liboa, Portugal). Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. E-mail: carlamadogomes@fd.ulisboa.ptProfessora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Liboa, Portugal). Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. E-mail: carlamadogomes@fd.ulisboa.ptProfessora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Liboa, Portugal). Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. E-mail: carlamadogomes@fd.ulisboa.ptProfessora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Liboa, Portugal). Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. E-mail: carlamadogomes@fd.ulisboa.ptProfessora Auxiliar da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (Liboa, Portugal). Doutora em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa. E-mail: carlamadogomes@fd.ulisboa.pt   

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Publicado

2018-11-20

Edição

Seção

Artigos