O poder de veto da bancada empresarial no Congresso: um veto player emergente na teoria de George Tsebelis

Autores

  • Henrique Rangel Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro -RJ)
  • Carlos Bolonha Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro -RJ)
  • Fabrício Faroni Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro -RJ)

DOI:

https://doi.org/10.21056/aec.v15i61.26

Palavras-chave:

Desenhos Constitucionais, Poder Legislativo, Teoria dos Veto Players, Bancada Empresarial, Comportamento Institucional

Resumo

O presente artigo parte do problema ora intitulado distorção majoritária, caracterizado, basicamente, pelo domínio de instituições representativas por elites ou grupos minoritários da sociedade devido a sua capacidade de organização política. Nesta lógica, o objeto especificado pela pesquisa é a bancada empresarial presente no Congresso Nacional brasileiro. A hipótese formulada questiona se esta bancada teria assumido papel de veto player no sistema político brasileiro. Partindo-se da teoria de George Tsebelis (teoria dos veto players) e criticando-a por não vislumbrar a possibilidade de preferências ou atores políticos diversos emergirem diante de situações concretas, alguns casos emblemáticos são investigados a fim de comprovar a atuação desta forma suprapartidária de organização, sobretudo destacando o caráter conservador de seu comportamento. O objetivo desta pesquisa é demonstrar como elites ou grupos minoritários podem causar impacto na política em detrimento dos interesses de segmentos mais numerosos da sociedade.

Biografia do Autor

  • Henrique Rangel, Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro -RJ)

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Publicado

2015-07-12

Edição

Seção

Artigos